sábado, 22 de agosto de 2009

Globo investe mais em pós-produção


MIDIA

O novo Centro de Pós-Produção da emissora, que será inaugurado em setembro, faz parte do direcionamento estratégico da empresa para a produção de conteúdo em alta definição, como os destinados às telas de celulares e computadores
A Rede Globo apresentou à imprensa nesta sexta-feira, 21, seu novo Centro de Pós-Produção (CPP), projeto que começou a ser elaborado há um ano e meio. Valores não foram informados, mas o investimento faz parte do direcionamento estratégico da emissora para a produção de conteúdo em alta definição e baseado em novas tecnologias, como o 3D.

Oficialmente, o CPP será inaugurado em setembro, mas diferentes equipes já trabalham no prédio, que ganhou salas, equipamentos e duplicou de tamanho - tudo para concentrar as salas de finalizações das atrações do núcleo de entretenimento da emissora, como novelas, minisséries, programas de auditório, shows e especiais.

Até novembro, também serão alocadas no local as divisões de web e mobile. "É uma concentração de trabalho que vai gerar uma sinergia enorme para a companhia", diz o engenheiro da Globo, Paulo Henrique Castro.

Segundo Marcelo Cunha, supervisor de computação gráfica, a emissora agora está equipada com o que há de mais moderno em pós-produção no mundo. "Tivemos diferentes referências para cada uma das necessidades de vídeo ou áudio. Para animações, por exemplo, nosso modelo foram as empresas de game estrangeiras", conta.

HDTV, 3D e Interatividade


O novo CPP da Globo chega para viabilizar a estratégia da emissora em produzir conteúdo de alta definição para diferentes telas. "Os novos devices, como computadores e celulares, demandam do mercado uma maior produção de conteúdos. Aumentou expressivamente o consumo de mídia pelas pessoas", explica Fernando Bittencourt, diretor da Central Globo de Engenharia. "E os novos displays, como os de Led e O-led, demandarão cada vez mais conteúdo em HDTV. Quem se acostuma com a alta definição se incomoda com a imagem convencional."

De acordo com ele, os investimentos em HDTV e 3D não significam aumento de receita no caixa da empresa. "Não ganhamos nada com o HDTV. É muito mais para nos mantermos competitivos. E com o 3D vai ser a mesma coisa", garante.

As inovações em 3D não têm prazo para chegar ao público. Nem o modelo de negócio foi definido. Mas os testes não param. A próxima novela das oito, Viver a Vida, já tem cenas com a nova tecnologia . "Quando for para valer, estaremos prontos. As inovações têm de ser novidade para o público, não para a gente", diz Paulo Henrique Castro.

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